Conflito explode após fracasso diplomático e provoca ataques sem precedentes
A madrugada de 13 de junho de 2025 virou sinônimo de tensão mundial. Israel deu início à chamada Operação Leão Ascendente, mirando alvos estratégicos no território iraniano — desde complexos nucleares até áreas residenciais. Era o maior ataque aberto já lançado por Israel contra o Irã. A justificativa? Segundo autoridades israelenses, não havia mais tempo a perder com negociações fracassadas sobre o programa nuclear iraniano, já que o prazo imposto pelo então presidente americano Donald Trump tinha acabado sem acordo. O governo de Benjamin Netanyahu apostou tudo na pressão militar direta.
Mas o Irã não ficou observando passivamente. Em poucas horas, Teerã disparou a Operação Verdadeira Promessa III, lançando mais de 150 mísseis balísticos e cem drones em direção a cidades israelenses, inclusive os pontos neurálgicos de Jerusalém e Tel Aviv. Locais militares e centros de inteligência também foram alvos. A retaliação foi anunciada como resposta proporcional à ofensiva israelense, numa escalada direta do atrito antigo entre os dois países. Para muitos, era a materialização do pior cenário de confronto aberto entre duas das maiores potências fronteiriças do Oriente Médio.

Danos, riscos e a reação do mundo diante da escalada
As horas seguintes foram de caos e muita incerteza. Autoridades dos dois lados se apressaram em divulgar balanços contraditórios de mortos e feridos — até o fim da manhã, não havia números oficiais confiáveis, mas relatos independentes apontavam para dezenas de vítimas civis em ambos os países, além de estragos pesados em infraestrutura urbana e bases militares.
Não levou muito para o conflito ultrapassar as fronteiras da região. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu publicamente que ambos os lados “puxem o freio” e voltem ao diálogo, alertando para o perigo de uma crise ainda maior. Já a OTAN destacou a “necessidade urgente de desescalar”, temendo que o conflito se espalhe para aliados ocidentais na região. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi a mais direta: criticou fortemente os bombardeios contra instalações nucleares iranianas e alertou para o perigo de vazamento radioativo, que mudaria o equilíbrio ambiental do Oriente Médio.
Enquanto bombas explodiam, nervos fracos no mercado internacional. Analistas econômicos já relatavam aumento imediato nos preços do petróleo, movidos pelo medo de que o Golfo Pérsico sofra novas interrupções logísticas — principalmente se as batalhas atingirem a delicada passagem do Estreito de Ormuz, responsável por quase 20% do transporte mundial da commodity.
O cenário incandescente de 2025 não surgiu do nada. Nos meses que antecederam os ataques, Israel já vinha enfraquecendo os tentáculos iranianos na região, especialmente após ações contra o Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano. Bombardeios pontuais em abril e outubro de 2024 já serviam de alerta que algo maior poderia acontecer se o impasse nuclear persistisse.
- Operação Leão Ascendente focou em destruir não só laboratórios de enriquecimento de urânio, mas também centros de comando militar e até bairros residenciais suspeitos de abrigar forças de defesa iranianas.
- O Irã, ao lançar mais de 150 mísseis, buscou atingir tanto postos militares como civis estratégicos, causando pânico em cidades como Tel Aviv.
- O risco maior, apontado por especialistas, é de uma guerra prolongada que arraste outros atores regionais e até parte do Ocidente para o confronto.
Com a guerra tomando proporção inédita, a pergunta não é mais se haverá uma escalada, mas até onde ela pode chegar e qual será o preço humano e político desse novo capítulo na já longa rivalidade entre Israel e Irã. O equilíbrio da região está, mais do que nunca, em suspenso, e o mundo inteiro observa cada movimento — especialmente diante da ameaça de colapso energético global e instabilidade nunca antes vista no século XXI.