Quando Tiago Leifert assumiu a condução de The Voice Brasil 2025São Paulo, a expectativa era alta. A estreia aconteceu na segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, às 22h30, e trouxe algo que nunca havia sido visto: o programa foi exibido ao mesmo tempo pela TV aberta do SBT e pela plataforma de streaming Disney+. Além de levar o público para o conforto do sofá, a dupla de transmissão abriu caminho para um novo modelo de distribuição de conteúdo no Brasil.
Contexto histórico do programa
Desde sua estreia em 2012, The Voice Brasil mudou de emissora, de Rede Globo para Record TV, e ganhou diferentes formatos de apresentação. Porém, sempre permaneceu restrito a uma única via de exibição – seja ao vivo na televisão ou, mais tarde, em reprises por streaming. A migração para o SBT marca a primeira vez que o reality musical deixa o “circuito fechado” das grandes redes e se aventura numa parceria com um serviço de vídeo sob demanda.
Novas dinâmicas e o time de coaches
Para a temporada 2025, a produção reformulou o palco com luzes de LED que mudam ao ritmo das músicas e módulos interativos que permitem ao público votar em tempo real via aplicativo Disney+. O “banco dos coaches" também recebeu um visual mais aberto, facilitando a troca de ideias entre os jurados.
O quartetinho de técnicos reúne nomes que vão do pagode ao pop eletrônico: Mumuzinho, ícone do samba‑pagode; a dupla sertaneja Matheus & Kauan, que tem comandado hits nas rádios; Duda Beat, referência da cena pop e música eletrônica; e, para fechar, Péricles, veterano do samba. Cada um trouxe sua própria “câmera” de crítica, prometendo orientar os cantores anônimos com “experiência de quem viveu a música”.
Em entrevista ao programa, Mumuzinho comentou: “Às vezes a gente conversa bastante ali, a gente fala: ‘Pô, é legal ou não é?’. Então a gente tá tendo essa troca aí e de uma experiência nova também pra gente, mas tá massa.” A frase resumiu o clima descontraído que a produção buscou cultivar.

Transmissão simultânea: SBT e Disney+
O acordo entre o SBT e a Disney+ foi anunciado em julho de 2025 e prevê que cada episódio seja exibido ao vivo nos dois canais, com conteúdo extra – bastidores, entrevistas exclusivas e performances acústicas – permanecendo disponível apenas na plataforma de streaming por 48 horas após a transmissão. “Queremos que quem assiste em casa sinta a mesma adrenalina que quem está no estúdio”, explicou o diretor de programação do SBT, Carlos Ferreira, em coletiva de imprensa.
Para os assinantes do Disney+, a experiência inclui “câmera 360°” nas fases de audição, permitindo que o público escolha ângulos diferentes enquanto o candidato canta. Essa tecnologia ainda não está em produção nos demais reality shows da TV aberta, o que pode gerar um “efeito halo” em outros formatos.
Reação do público e da crítica
Nas primeiras duas horas de exibição, a audiência medida pelo Ibope mostrou 12,3 pontos no SBT, enquanto a plataforma Disney+ registrou 1,8 milhão de visualizações simultâneas – números que superam a média dos últimos três anos do programa em outras emissoras. Nas redes sociais, hashtags como #VoiceNoSBT e #VoiceDisney+ alcançaram picos de 350 mil publicações em 24 horas.
Especialistas de mídia consideram a estratégia “um teste de mercado”. A pesquisadora de comunicação digital, Ana Lucia Martins, da Fundação Getúlio Vargas, apontou que “a consolidação de conteúdo multiplataforma pode mudar a forma como os anunciantes negociam espaço, pois agora há métricas de engajamento em TV e streaming ao mesmo tempo”. Por outro lado, críticos de televisão ainda questionam se a “fragmentação” pode confundir espectadores que não possuem assinatura Disney+.

Perspectivas para a temporada 2025
Com as primeiras avaliações positivas, a produção já indica que haverá mais “exclusividades” para a plataforma digital, como um episódio “All‑Stars” na segunda metade da temporada, trazendo vencedores de edições anteriores para cantar ao lado dos novos talentos. Além disso, rumores sugerem que o programa pode incluir um “rodapé interativo” onde o público pode sugerir repertório para os artistas em tempo real.
Se tudo correr como o previsto, a parceria SBT‑Disney+ pode abrir portas para outros formatos – como “The Voice Kids” ou “The Voice Senior” – a seguirem o mesmo caminho híbrido. Para os fãs, a grande novidade fica clara: mais conteúdo, mais liberdade para escolher onde assistir, e, sobretudo, a promessa de “qualidade musical” que tem sido a marca registrada da franquia.
Perguntas Frequentes
Como funciona a transmissão simultânea entre SBT e Disney+?
O episódio ao vivo é exibido ao mesmo tempo na TV aberta do SBT e no aplicativo Disney+. Depois da transmissão, o conteúdo extra – bastidores e entrevistas – fica disponível apenas na plataforma por 48 horas, permitindo que assinantes assistam a ângulos diferentes e recursos interativos.
Quais são as novidades de formato na temporada 2025?
Além do cenário com iluminação LED e módulos de votação em tempo real, o programa traz câmeras 360° no Disney+, um “banco aberto” para os coaches e episódios exclusivos como o All‑Stars que aparecerá na segunda metade da temporada.
Quem são os coaches da edição 2025?
Os técnicos são Mumuzinho (samba‑pagode), a dupla sertaneja Matheus & Kauan, Duda Beat (pop/electrônico) e Péricles (samba e pagode), trazendo uma gama diversificada de estilos musicais.
Qual o impacto na audiência comparado às temporadas anteriores?
Nos primeiros minutos, o programa registrou 12,3 pontos de audiência no Ibope e 1,8 milhão de visualizações simultâneas no Disney+, números que superam a média de 9,5 pontos e 1,2 milhão nas últimas três edições em outras redes.
O que dizem os especialistas sobre essa estratégia híbrida?
Analistas de mídia consideram a parceria um teste de mercado que pode mudar a forma de compra de anúncios, pois combina métricas de TV e streaming. Há ainda cautela quanto à possível fragmentação do público que não tem assinatura Disney+.
Rachel Danger W
outubro 8, 2025 AT 02:48Já faz tempo que bateu um sussurro nas redes sobre uma aliança obscura entre grandes grupos de mídia e plataformas de streaming, e a estreia do The Voice no SBT com a Disney+ parece confirmar aquele medo antigo de que eles estão nos observando de formas que nem imaginamos.
É como se um grande olho digital estivesse de olho em cada voto, cada suspiro dos fãs, pronto para transformar tudo em um grande experimento social.
Mas não se preocupe, estamos juntos nessa jornada, e a música ainda vai nos salvar.
Davi Ferreira
outubro 8, 2025 AT 02:58Que legal ver a inovação chegando ao Brasil! A transmissão simultânea abre portas para quem quer curtir o show do sofá ou da sala de estar.
Vamos apoiar os coaches e os novos talentos, porque cada nota traz energia positiva para todos nós.
Com esse formato, a gente tem mais chances de descobrir a próxima grande voz do país.
Vamos fazer barulho e espalhar vibrações boas!
Marcelo Monteiro
outubro 8, 2025 AT 03:23Não é como se a TV tivesse inovado algo inesperado nos últimos anos, mas ainda assim o lançamento simultâneo do The Voice no SBT e na Disney+ nos brinda com uma pequena faísca de novidade.
A princípio, parece que a rede decidiu abraçar a era digital apenas porque o público já não aguenta mais esperar pela reprise.
É quase cômico observar como os produtores apresentam o recurso de câmera 360 graus como se fosse a descoberta do século.
Na prática, o espectador ainda precisa ter uma assinatura cara para acessar esses ângulos, o que levanta questões sobre exclusividade.
Entretanto, quem somos nós para julgar, já que a própria tradição de reality shows sempre se alimentou de promessas extravagantes.
Os coaches, que incluem nomes como Mumuzinho, Matheus & Kauan, Duda Beat e Péricles, são, sem dúvida, selecionados para atingir o maior espectro de público possível.
Cada um traz sua própria "câmera" de crítica, como se fossem guias de uma jornada musical que, ao que tudo indica, termina em mais uma votação ao vivo.
Ainda assim, a integração com o aplicativo Disney+ permite que o público vote em tempo real, algo que antes era impossível em transmissões puramente lineares.
A tecnologia de iluminação LED que acompanha o ritmo das músicas certamente acrescenta um toque de espetáculo visual.
Mas, honestamente, o que realmente importa é a qualidade das vozes que aparecem nos bastidores.
Os números iniciais, com 12,3 pontos no Ibope e 1,8 milhão de visualizações simultâneas, parecem confirmar que a estratégia deu certo.
Contudo, devemos lembrar que métricas de audiência são frequentemente manipuladas para criar narrativas de sucesso.
Não podemos ignorar o fato de que o mercado publicitário ainda está tentando entender como monetizar esses dois canais ao mesmo tempo.
Talvez, no futuro, vejamos um modelo híbrido que realmente una TV aberta e streaming sem favorecer um em detrimento do outro.
Enquanto isso, o público pode aproveitar o "rodapé interativo" para sugerir repertório, o que demonstra um esforço genuíno de interatividade.
Em suma, o experimento continua, e nós, como espectadores, assistiremos a cada passo, rindo das exageradas promessas e celebrando os momentos de verdade musical.
Jeferson Kersten
outubro 8, 2025 AT 03:40Embora o otimismo seja bem-vindo, vale observar que a simples presença de tecnologia não garante maior qualidade artística, e o foco excessivo nas métricas pode desviar a atenção da essência musical.
Jeff Thiago
outubro 8, 2025 AT 03:56Ao analisar a iniciativa de transmissão simultânea, cumpre salientar que tal empreendimento se revela, em termos estritamente econômicos, um mero artifício para mascarar a estagnação criativa que permeia o mercado televisivo contemporâneo.
Não obstante, a suposta inovação apresentada pela utilização de câmeras 360 graus carece de substancial pertinência, constituindo-se em um recurso superficial que pouco contribui para o aprimoramento da experiência auditiva do espectador.
Ademais, o modelo híbrido proposto perpetua a dependência de plataformas de streaming, reforçando um paradigma de exclusividade que, em última análise, aliena o consumidor tradicional.
Tal prática evidencia, de forma inequívoca, a decadência de um cenário que deveria priorizar a democratização cultural em detrimento de estratégias mercadológicas dissimuladas.
Em síntese, a aparente revolução anunciada se mostra, na prática, um retrocesso velado ao status quo.
Circo da FCS
outubro 8, 2025 AT 04:13É só mais um truque
Savaughn Vasconcelos
outubro 8, 2025 AT 04:30Ao contemplar o panorama descrito, emerge uma reflexão profunda sobre a relação entre arte e tecnologia, onde cada avanço promete transcender limitações, porém muitas vezes revela-se um espelho das ambições humanas mais obscuras.
A busca incessante por métricas pode transformar a música em mercadoria, porém a pulsação genuína dos artistas ainda ecoa nas entrelinhas dos versos.
Portanto, a questão não reside apenas na plataforma, mas na capacidade da sociedade de reconhecer o valor intrínseco da expressão sonora.
Que possamos, então, usar essas ferramentas como pontes, e não como barreiras, para a verdadeira conexão entre talentos e ouvintes.
Rafaela Antunes
outubro 8, 2025 AT 04:46Eu acho q esse ideo de assistir ao mesmo tempo na TV e no streaming é meio confuso, parece q estão tentando agradar todo mundo mas na vlta somem os quem não tem Disney+.
Na minha opnião, devia ser mais simples.
Marcus S.
outubro 8, 2025 AT 05:03Ao considerar a estratégia hibrida proposta, devo declarar que ela constitui um movimento temerário que subverte os princípios tradicionais da difusão televisiva, impondo uma divisão artificial entre públicos.
Tal decisão, embora apresentada como progresso, revela uma intenção velada de monopolizar o consumo cultural sob a égide de grandes conglomerados.
É imperativo que os setores reguladores intervenham para salvaguardar a diversidade de acesso à cultura nacional.
João Paulo Jota
outubro 8, 2025 AT 05:20Claro, porque todo brasileiro tem assinatura Disney+ no bolso, né? Essa ideia genial de misturar TV aberta com streaming é, obviamente, a solução para todos os nossos problemas, desde que a gente ignore a realidade econômica da maioria.
Não há nada mais patriótico que assistir a um programa estrangeiro pagando mais caro, então vamos todos comprar a assinatura e fingir que isso faz o Brasil mais forte.