Itália conquista o Mundial Feminino de Vôlei 2025; Brasil fica com o bronze

Quando a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) revelou que o Campeonato Mundial de Voleibol Feminino 2025Tailândia seria disputado entre 22 de agosto e 7 de setembro, o Brasil já sentia a ansiedade típica de quem vai a um clássico. O torneio, co‑organizado por Indonésia, Filipinas e Vietnã, trouxe 32 seleções, dois a mais que em 2022, e mudou o calendário para ser bianual. No fim, a equipe italiana subiu ao pódio, enquanto o Brasil garantiu o bronze após vencer o Japão.

Contexto: expansão e novo calendário

Até 2022 o Mundial era disputa quadrienal, mas a FIVB decidiu, sob a liderança de Ary Graça Filho, que o evento passasse a acontecer a cada dois anos. A mudança visou alinhar o voleibol com outros esportes de alta visibilidade e oferecer mais oportunidades de competição de elite. A expansão para 32 equipes refletiu o crescimento global do voleibol feminino, sobretudo na Ásia e na América do Sul.

O processo de licitação começou em agosto de 2023, com prazo final em 31 de agosto daquele ano. Cinco países mostraram interesse, mas a solução de co‑sedição acabou por ser a escolha mais estratégica: dividir custos, ampliar a presença do esporte no Sudeste Asiático e criar um ambiente de cooperação regional.

Fases do torneio e principais resultados

A fase de grupos, de 22 a 27 de agosto, dividiu as 32 seleções em oito grupos de quatro. Os dois melhores de cada grupo avançaram às oitavas de final, que começaram em 29 de agosto. Entre os resultados marcantes, destacam‑se:

  • Holanda 3–2 Sérvia
  • Japão 3–0 Tailândia
  • Estados Unidos 3–0 Canadá (parciais 25/18, 25/21, 25/21)
  • Turquia 3–0 Eslovênia (30/28, 25/13, 29/27)
  • Itália 3–0 Alemanha
  • Brasil 3–1 República Dominicana

Nas quartas de final, realizadas nos dias 3 e 4 de setembro, o Japão eliminou a Holanda, a Turquia derrotou os Estados Unidos, a Polônia foi superada pela Itália e o Brasil venceu a França. As semifinais, em 6 de setembro, deram o clássico Turquia × Japão (vencida pela Turquia) e a emocionante batalha Itália × Brasil, que terminou 3–2 para a Itália.

A final, disputada às 09:30 (horário de Brasília) no dia 7 de setembro, viu a Seleção Italiana vencer a Turquia por 3 sets a 2, conquistando o segundo título mundial da história. No mesmo dia, às 05:30, o Brasil bateu o Japão e garantiu o bronze.

Vozes da competição

"Ser reconhecida como a melhor do mundo é um sonho que começa a ser realidade", disse Alessia Orro, levantadora da Itália e eleita MVP. "Cada ponto foi lutado, mas a união do grupo nos trouxe até aqui".

José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira, comentou: "O bronze mostra que o Brasil está cada vez mais próximo de um título. O próximo Mundial será ainda mais disputado, mas estamos confiantes".

Para Ary Graça Filho, a mudança de periodicidade foi "um passo necessário para dar mais visibilidade ao voleibol feminino e gerar oportunidades econômicas nos países-sede".

Impacto da co‑sedição e perspectivas para 2027

Impacto da co‑sedição e perspectivas para 2027

Além de distribuir o ônus financeiro, a escolha por múltiplas sedes ajudou a criar um verdadeiro festival de voleibol na região. Em cidades como Bangkok (Tailândia), Jacarta (Indonésia) e Manila (Filipinas), quadras foram lotadas, e o número de inscritos em clubes locais subiu cerca de 18% nos seis meses seguintes.

Com a edição de 2025 sendo a primeira a adotar o calendário bianual, o próximo Mundial está previsto para 2027, novamente em co‑sedição na Ásia, embora ainda não haja definição oficial dos países‑hospedeiros. Analistas acreditam que o sucesso da edição de 2025 abrirá portas para novos mercados, talvez incluindo o Oriente Médio.

Histórico recente e comparações

Em 2022, o Mundial contou com apenas 24 equipes e foi disputado na Polônia e na Eslováquia. Naquela ocasião, a Sérvia sagrou‑se campeã. Já em 2025, a ampliação para 32 equipes gerou mais partidas, mais patrocinadores e, principalmente, mais visibilidade para seleções emergentes como a Polônia e a Bélgica.

A Itália, que venceu o masculino semanas depois, tornou‑se a primeira nação desde a extinta União Soviética em 1960 a vencer ambos os torneios no mesmo ano – um feito que, segundo especialistas, pode inspirar outras federações europeias a investir ainda mais nos programas de base feminino.

Onde assistir e cobertura no Brasil

Onde assistir e cobertura no Brasil

O esporte foi transmitido pelo Sportv2, que exibiu partidas decisivas como Brasil × França (4 de setembro, 07h00) e Estados Unidos × Turquia (4 de setembro, 10h30). Além da TV, o portal Ge ofereceu stream ao vivo, comentários em tempo real e estatísticas detalhadas.

Perguntas Frequentes

Como a mudança para um calendário bianual afeta as seleções nacionais?

A periodicidade de dois anos aumenta a regularidade de competições de alto nível, permitindo que treinadores ajustem esquemas táticos com menos intervalo e que atletas jovens ganhem experiência internacional mais rapidamente.

Quais foram os principais fatores que levaram a Itália ao título?

Além da liderança de Alessia Orro como MVP, a equipe contava com um bloqueio sólido e uma defesa consistente. O técnico enfatizou a disciplina tática, o que se refletiu nos momentos críticos da final contra a Turquia.

Qual o impacto da co‑sedição nos países do Sudeste Asiático?

A organização conjunta trouxe investimento em infraestrutura esportiva, gerou vagas de emprego temporário e aumentou a prática do voleibol nas escolas locais. Estima‑se que as inscrições em academias de voleibol tenham subido 12% em cada país sede.

Quando e onde será o próximo Campeonato Mundial?

O próximo Mundial está programado para 2027, com processo de licitação aberto ainda em 2026. Rumores apontam para outra edição com co‑sedição na Ásia, possivelmente envolvendo Japão e Coréia do Sul.

Como o Brasil pode transformar o bronze em ouro nas próximas edições?

Especialistas recomendam investir em formação de levantadoras de alta qualidade, melhorar a preparação física nos períodos de entressafra e ampliar a experiência internacional dos jogadores nas ligas europeias.

Comentários do post (1)

Reporter Edna Santos

Reporter Edna Santos

outubro 12, 2025 AT 20:43

A conquista italiana foi fruto de um bloqueio implacável e da liderança de Alessia Orro, que chegou a 23 aces no torneio. 🌟 O Brasil ainda mostrou solidez, especialmente na defesa contra a Turquia, que ficou marcada por transições rápidas. O aumento para 32 equipes trouxe mais jogos disputados, elevando a visibilidade do voleibol feminino na Ásia. 🤾‍♀️

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