Inter de Milão dribla desfalques e elimina Barcelona em confronto eletrizante
Se alguém apostava em favoritismo antes do apito inicial, bastou olhar a escalação do Inter de Milão para perceber o tamanho do desafio. A semifinal da Champions League, realizada no dia 6 de maio de 2025, foi tudo menos previsível. No San Siro lotado, a equipe italiana arrancou um 4-3 na prorrogação sobre o Barcelona, fechando o placar agregado em 7-6 e carimbando sua ida à decisão europeia, a segunda em três anos.
Com ausências sentidas, principalmente do jovem talentoso Valentin Carboni e do experiente defensor Benjamin Pavard, Simone Inzaghi precisou ousar na formação inicial. O capitão Lautaro Martínez iniciou como titular apesar de preocupações de lesão, e foi acompanhado no ataque por Joaquín Correa e Romelu Lukaku, os dois alternando funções e se desdobrando na marcação alta. No meio, Nicolò Barella e Henrikh Mkhitaryan deram equilíbrio, enquanto Hakan Calhanoglu tentou manter o controle do ritmo.
- Escalação inicial: Yann Sommer; Yann Bisseck, Alessandro Bastoni, Francesco Acerbi; Matteo Darmian, Nicolò Barella, Hakan Calhanoglu, Henrikh Mkhitaryan; Lautaro Martínez, Joaquín Correa e Romelu Lukaku.
- Desfalques: Valentin Carboni e Benjamin Pavard não foram relacionados. Lautaro foi dúvida até último momento, mas jogou.
A estratégia italiana foi clara: lotar o meio e tentar bloquear Lewandowski, homem-gol do Barcelona. O polonês entrou durante a partida, mas encontrou sempre pelo menos dois marcadores sufocando seus movimentos, entre eles Acerbi e Bastoni, numa vigilância implacável. Do outro lado, o jovem Lamine Yamal, sensação catalã, também provocava riscos, mas a defesa nerazzurri apostou na experiência para manter o controle.
A partida foi aberta e intensa. O Inter não hesitou em colocar Lukaku e Lautaro juntos desde o início, buscando jogo físico e bolas em profundidade. E mesmo com as limitações do elenco, a equipe encontrou alternativas: Calhanoglu distribuiu passes longos e buscou inversões rápidas para quebrar as linhas de pressão do Barcelona.
A luta nos bastidores: improvisos e decisões que mudaram o jogo
A ausência de Pavard mexeu principalmente com a parte defensiva. Acostumado a segurar o lado direito e trazer equilíbrio nas dobras de marcação, o francês fez falta, o que obrigou Darmian e Bisseck a redobrarem atenção, principalmente nos avanços de João Cancelo pelo lado catalão.
Do banco, a torcida via um Inter que misturava juventude e experiência para segurar o placar e buscar o gol necessário. Correa, pouco utilizado em decisões nesta temporada, foi testado como arma de transição, enquanto Sommer, goleiro suíço, precisou de defesas firmes diante do volume ofensivo espanhol. No fim, a prorrogação trouxe aquela dose de drama típica de semifinais históricas, com chances claras de ambos os lados e um festival de trocas táticas entre os treinadores.
A noite marcou a afirmação de que, mesmo sem nomes badalados, o Inter de Milão sabe competir. Com sua classificação, os italianos chegam à elite dos clubes europeus que já sentiram o gosto de decidir quatro vezes a Champions League — um feito para poucos. E dessa vez, conquistaram a vaga no braço, misturando coragem, improviso e muita vontade de fazer história.
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